22 de agosto de 2009

Carta 04

"..eu também várias vezes achei que 'agora realmente vai dar certo', mas não deu. E eu me encontrei numa solidão com aquela vontade imensa de desistir, mas não. Eu levantei no dia seguinte, fui pra faculdade, voltei pra casa, enfim.. continuei vivendo. Só pra concluir depois que realmente valeu a pena continuar seguindo em frente, é sempre assim, ás vezes você só tem a opção de seguir em frente pra ver que mais adiante tudo valeu a pena e que foi bom ter vivido mesmo que para virar a página, mesmo no 'apesar de tudo'.
Não há nada de errado, e isso acontece com todo mundo.
E esse vazio que tem aí dentro vai passar, um dia você vai acordar e ver que você está cheio, mas tão cheio, que falta pouco pra chegar no céu e encontrar a sua estrela.."

18 de agosto de 2009

Carta 03

"Eu acho que de todo amor sofrido, vem sempre uma maré de paz.. deve ser aquele aperto horrível que já não aparece mais dentro de nós. Aí, a gente passa a gargalhar, mesmo que a piada seja feita só pra sorrir. A gente aprende a ser feliz, de uma maneira diferente, já que nós sabemos que somos responsáveis pelo "nosso fazer feliz". A gente passa a gargalhar por aí, pelos olhos e pelos poros, mesmo que gargalhemos sozinhas..

Nós também podemos ser felizes com os nossos sorrisos solitários"

16 de agosto de 2009

Confesso,

não deixo ninguém ir, não deixo ninguém partir. Tenho um medo tão grande de perder pessoas que eu as guardo, eu as seguro, eu nunca deixo elas irem de verdade. E constantemente, eu fecho os olhos e sinto cheiros, e dou abraços...

De certa forma, eu quebro toda a lógica e toco quem já "se foi".

11 de agosto de 2009

Impacto

Acho que eu sou aquela parte que corre, pula, grita e comemora. Mesmo que o motivo já tenha passado, mesmo que as coisas já tenham "esfriado". Eu nunca deixo de viver o impacto inicial, ou melhor, eu sempre demoro, pra deixar passar aquela felicidade inicial que vem carregada de intensidade, magia e emoção.

Para mim, ela não deve ir embora.

10 de agosto de 2009

tem cheirinho de vida lá dentro

Olha, lá dentro eu encontrei o céu mais azul desse mundo com nuvens de algodão em forma de cachorro, chapéu e borboleta. O chão é feito de grama verde com aquelas flores coloridas no canto que toda vez que bate o vento, vem aquele cheirinho gostoso de vida.
O quintal é tão grande, mas tão grande, que todo esse espaço me deixa ver crianças correndo e brincando de pega-pega e amarelinha, com as mãos todas meladas de pirulito de coração.
E sempre é assim, eu abro a janela e deixo entrar todo o caminho colorido. Eu quero ouvir todas aquelas risadas infantis que me fazem tão bem, e deitar naquela grama verde só pra inventar histórias com todas as formas de nuvens que existem nesse céu.

E mesmo que o meu quintal diminua de vez em quando, que as crianças não venham todos os dias e que meu céu ás vezes fique sem nuvens ou nublado, eu não vou me importar.
Desde pequena, eu deito no chão para pensar flores... e tudo porque a imaginação sempre tem, e sempre traz, aquele cheirinho gostoso de vida.

4 de agosto de 2009

Bilhete 2

Olha me espere, eu já estou indo. Vou tomar banho e colocar o melhor vestido. Vou passar e roubar o cheiro de todas as flores, vou te ver e sentir novas cores.

Vou porque só de te ver eu começo a sorrir, vou porque você é a coisa mais profunda e bonita que eu já senti. Vou porque todos os últimos dias passaram muito devagar, vou porque te amo e gosto de te amar, vou porque te quero antes, durante e depois, vou porque quero o ontem, o hoje e o amanhã pra nós dois.