21 de outubro de 2011

Solidão, que nada

A gente nasce e morre meio que sozinho. Todo mundo quer (e tudo bem querer) uma companhia nesse intervalo.

10 de outubro de 2011

Silêncio I

Eu passei a acreditar em olhares. Você pode dizer a uma pessoa o quanto ela significa para você só olhando pra ela. Isso sim é bonito e quase ninguém vê. Um pouco triste, talvez, mas quase ninguém sabe. Cansei de palavras, essa é a verdade. Ou melhor, cansei de falar e falhar. Hoje eu escolhi o silêncio, hoje eu preferi só olhar.

2 de outubro de 2011

Life is for living

Eu acho que a gente tem que fazer o possível para passar por cima de todas as complicações e medos, para viver um pouco. Eu pensava que a gente tinha que correr para conseguir a felicidade de fato, mas a alegria e a calma no decorrer do caminho fazem uma enorme diferença, não é?

E eu tenho pressa, e já tive mais. Quero logo me estabilizar profissionalmente. Quis logo encontrar o amor, quis vivê-lo, quis perder o fôlego. Quero logo o Ano Novo e aquela sensação de recomeço, com todas as coisas novas que ele pode me trazer. Quero, já aos 19, olhar para trás e dizer que valeu a pena. Olhar para trás e já ter milhões de histórias para contar. E não adianta, quanto mais eu tenho pressa, mais os grandes caras mandam eu ter calma. Enquanto eu crio planos e estratégias para lidar com a profissão que escolhi, mais eu ouço que eu tenho que estudar e deixar rolar. Quanto mais medo eu tenho de deixar o trabalho me impedir de viver a vida, mais a vida me encaminha para esse lado. Quanto mais eu tenho medo, mais os grandes caras falam pra eu não ser assim.

Aprendi a viver o sorriso do caminho, porque não encontrei a felicidade no final de uma das minhas histórias. O final é só a linha de chegada, o meio do caminho é que conta, e que faz a diferença de fato. Aprendi a ir devagar com o amor depois que me machuquei. Ele vem quando tem que vir, vai embora quando tem que ir e não adianta torcer para ele ficar, porque ele fica quando ele tem que ficar. E é questão de sorte o sentimento acontecer no outro peito, não existem fórmulas concretas, nem manuais, nem sensualidade ou uma saia mais curta. Não há muita coisa que te ajude. É só você, a sua pessoa e o que tiver que acontecer.

Então, eu vou com mais calma. Vou até com um pouco menos de medo de perder as coisas bonitas. É a vida adulta chegando, eu sei. Mas, não me culpo por ter tido a pressa pelo amor, nem pela pressa profissional de agora. É só a minha sede extrema de vida, de querer viver e ser, embora eu já esteja vivendo e sendo algo. Eu preciso lembrar, constantemente, que neste exato momento eu também estou vivendo. Neste exato momento, eu tenho algo para viver. E de agora até amanhã, terei muitas coisas também. Eu fico com essa sensação de que a gente tem que correr contra o tempo, mas é o que eu tenho pra hoje que importa. E que eu não vou perder nada indo com calma, mesmo que a vida tenha começado a andar mais rápido depois dos dezoito.