24 de novembro de 2010

1.889 caracteres para eu descobrir

Eu fico imaginando como que os relacionamentos seriam e o modo como todas as pessoas se entregariam caso ninguém nunca tivesse sido machucado. Eu observo todos os dias um monte de gente por aí e fico pensando em como elas conseguiram sobreviver, ou como elas conseguiram deixar suas feridas de lado e se entregar a uma nova história. Talvez tenha alguma coisa a ver com o "se apaixonar", com o tempo, com a vida ou com a pessoa nova que apareceu.

Não sei, a gente esquece e ao mesmo tempo não esquece todas as feridinhas de relacionamentos passados. A gente sente e ao mesmo tempo não sente aquela dor. No final de tudo, algumas pessoas machucadas conseguem deixar suas feridas de lado e se entregar a uma nova história e outras pisam devagar em cada passo com o novo alguém. Há gente que carrega esperança nas veias, que tem algum ingrediente a mais que faz com que ela simplesmente não desista de relacionamentos ou do amor e há gente que simplesmente trava por um tempo.

Mas meu amigo, não fique travado por muito tempo. Porque o seu amor quer ser correspondido, quer que você devolva o seu sorriso, lhe dedique um pouco do seu tempo, do seu romantismo e do seu futuro. E ele vai embora se não ver isso. Ninguém gosta de amar sozinho, de sorrir sozinho ou ser romântico e carinhoso sozinho.

Eu fico imaginando como seria o mundo se ninguém nunca tivesse sido machucado, mas o que eu vejo é o modo como elas decidiram sobreviver e deixar suas marcas de lado. Ou melhor, admiro isso, me encanta ver o mundo machucado que continuou a rodar.

A gente tem que recomeçar mesmo que seja o maior trauma do mundo. Querendo ou não, a gente tem que fazer isso por quem se entrega para gente. Deixar o seu amor sentir, mostrar e se entregar sozinho é um grande erro.

Sei lá, eu fico com essas minhas indagações porque eu me sinto uma sobrevivente e não sei como isso aconteceu. Eu descobri que tenho um ingrediente a mais, sabe? E achei isso um problemão, porque eu também descobri que tenho um medo terrível de quem não pisa firme, de quem não sente por inteiro, de quem não corresponde, não demonstra, não se entrega.

Um comentário:

Felipe Braga disse...

Eu também tenho.

E, bem verdade, estou me afastando de pessoas assim. Talvez por isso esteja me aproximando de você.

Linda forma de pensar, linda forma de agir, linda forma de viver. Lindas palavras.

Beijos.